Gato de Danilo Gentili morre e apresentador faz post emocionado
Quando a dona
dele morreu, a filha dela o colocou para fora de casa. Na época eu ainda morava
na mesma casa que nasci em Santo André. E ele foi lá no meu quintal buscar
abrigo. Meu pai e irmã eram vivos ainda. Nós o adotamos. Tínhamos outros
animais em casa (incluindo eu) mas esse era muito especial para mim. Ele era
caolho. Mas me via chegar de longe. Sempre que eu chegava ele ia no portão me
esperar. Quando eu ia na padaria ele ia junto. Os vizinhos diziam que ele até
parecia um cachorro. Mas ele tinha preguiça de miar – imagina de latir. Ele
parecia um macaco também. Pulava no meu ombro sempre que eu entrava em casa e
não se importava se eu andava ou corria. Ele ficava muito à vontade em volta do
meu pescoço. Era um echarpe de pele – vivo!
O tempo passou. Meu pai e irmã se foram. Os outros animais do meu
quintal também. E ele ia dormir comigo sempre que eu acordava com um a menos em
casa. Ele continou firme e forte ao meu lado – apesar da idade avançada. Me
arrisquei. Fui pra São Paulo apresentar meus textos em bares, conheci uma
porção de pessoas, fiz novos amigos e encontrei muitas oportunidades que jamais
imaginei que se apresentariam para um cara como eu. As coisas mudaram. Mudei de
casa. De cidade. Minha vida inteira mudou. Mais de uma vez. E ele me esperou no
portão durante toda essa caminhada. Ele estava lá quando tudo deu errado. E
continuou lá quando tudo começou a dar certo. Ele ia todo dia no portão me
fazer lembrar como as coisas no final podem dar certo mesmo que antes tenham
dado muito muito muito errado. Ele era um elo vivo entre a época que perdi algo
insubstituível e essa outra que construo algo novo. Ele permaneceu vivo e forte
comigo durante todo esse período.
Só até hoje.
Meu gato morreu
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